
A falsa doutrina do "livre-arbítrio" põe a criatura no trono, reinando absoluta, ignorando "Aquele que faz todas as coisas conforme o conselho da Sua vontade" (Ef 1.11). Mas de onde surgiu tal heresia? Da mesma raiz e fonte de todas as mentiras e enganos - a velha Serpente, Satanás! "Sereis como Deus..." (Gn 3). Não foi essa a primeira e maior mentira?
Sim, a primeira e também a maior porque foi a fonte de todas as outras que vieram a seguir. "Sereis como Deus". Aí estava o cordão umbilical do "livre-arbítrio", pois somente Deus é Livre: faz o que quer, quando quer, com quem quiser, até onde quiser, como quiser, sem estar debaixo de qualquer autoridade ou constrangimento externo.
Portanto, Deus é o único Ser que possui Livre-Arbítrio. Deus é Livre. Deus é Deus, como dizia Lutero ao homem que ousou desafiar a Bíblia para defender a heresia romanista durante a Reforma, Erasmo de Roterdã, filho espiritual da serpente e irmão de todos os que pretendam sustentar tal blasfêmia.
A teologia da serpente ganhou adeptos, ainda que temporários, já no Éden. E se espalhou à medida que a semente réproba do homem se espalhava pela terra, de tal maneira que, a partir de então, os homem ímpios chegaram à segunda heresia: "Não há Deus" (Sl 14 e 53). E foi apenas uma questão de lógica. "Ora, se eu mando em mim mesmo, se eu é que determino meus caminhos e meu destino, logo eu sou meu deus! E assim, fora de mim, não há Deus. Deus pode mandar lá no seus domínios, mas aqui, em mim mesmo, quem manda sou eu!".E então veio a conclusão lógica: não há Deus!
E está correta em sua própria perspectiva: um deus que não pode fazer nada sem a permissão do homem; um deus que está limitado pelo "livre-arbítrio" da criatura; tal deus não é, na verdade, tão Deus assim! Vejam que negar a Soberania de Deus para sustentar o "livre-arbítrio" nada mais é que negar o próprio Deus. Porque não há Deus senão o Deus revelado na Bíblia - Soberano, Onipotente, Onipresente e Onisciente.
O insuportável determinismo teológico bíblico
Até mesmo um ímpio - mas de lógica filosófica melhor ajustada que o falso cristianismo arminiano - percebeu tal evidência: "Se Deus existe, tudo está predeterminado e eu não sou livre. Mas eu sou livre, logo Deus não existe!" (Jean Paul Sartre). Que homem tão afinado com a serpente!Pior, entretanto, são os falsos cristãos e seu falso cristianismo que pretendam sustentar que "Deus existe, mas não é tão Deus assim... Deus existe, mas não é tão Soberano assim... Deus existe, mas não há predeterminismo... Deus existe, mas eu sou livre!" Ora, tu, então, deves ser um deus! Se tu estás fora do controle absoluto de Deus, tu és, no mínimo, outro deus! Mas Deus é um só - e não és tu!

Assim, a maior perversidade não é que os homens ímpios sustentem a teologia da serpente, mas que uns diabos vestidos de anjos de luz se apresentem como "irmãos em Cristo", "evangélicos", sustentem tal aberração teológica. Um pouco mais de coerência não faria mal aos tais. Que queiram sustentar tal heresia, é problema deles; mas passar-se ainda por "cristãos", que terrível engano da parte dos mesmos! Enfatizamos: abandonem o nome de cristãos todos vós que vos passais por "irmãos em Cristo", mas ainda fora da cosmovisão bíblica. A meia-verdade é tão satânica quanto a mentira total.
Irmandade sem a mesma filiação. Seria isso possível?
Seria possível considerar um pelágio-arminiano (defensores do "livre-arbítrio") como nosso irmão em Cristo? Seria Erasmo de Roterdã um irmão em Cristo dos Reformadores? Seria o Papa (o Anticristo) irmão da Igreja Bíblica? Seria a serpente nossa irmã na Palavra de Deus? Que absurdo. Por isso mesmo é que todos os Reformadores, sem exceção, repudiaram veeementemente a heresia do "livre-arbítrio", por não vê-la expressa na Escritura; por ser contrária à Bíblia; por ser contrária ao ensino de Jesus (Jo 8:32-36), Paulo (Rm 7; Ef 2.8,9) e de toda a Escritura.
Você pode ser um pelagiano, um arminiano, um liberal teólogo do processo, é problema seu. Mas dizer-se cristão, enquanto sustenta tais heresias é grande engano de sua parte. No dia em que a serpente for filha de Deus e co-irmã nossa em Cristo Jesus, na Fé da Doutrina Bíblica e no Testemunho do Espírito Santo acerca da Palavra de Deus - nesse dia poderemos também considerar Pelágio, Armínio, o Papa e toda a falsa cristandade romanista e "evangelicalista" como nossos queridos irmãos em Cristo. Até lá, porém, ficamos com a Palavra de Deus de Jesus: "Todo aquele que comete pecado é escravo do pecado" (Jo 8.36).
A Anátema (maldição) de Deus paira sobre todos os que pervertem e torcem a Palavra - mesmo sob a pretensa capa de "cristãos" (Jo 3.36). Que a Igreja ouça o o único Deus, que disse através do Profeta Isaías: "Eu sou, e fora de mim não há outro". Há tão somente um Ser livre e absoluto, indetrminado e que determina a todos os outros: Deus. Há somente um Deus. E não sou eu, e nem você. "Porque dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas [inclusive o homem]; glória, pois, a Ele" (Rm 8).
Soli Dei Gloria.
Incluiu a predest/livre-arb. como doutrina fundamental para a salvação. Pensamento sectarista com indicativo de perigo ultra-radical.
ResponderExcluirEstá semelhante aos adventistas, que têem o sábado como fundamento a ser obedecido para ser salvo. Os dois apresentam, é claro, citações bíblicas, no entanto sem condições de apontar a verdade.
Grande abraço,
Tertulião. DF.
Nenhuma doutrina é fundamental para ser salvo. A salavação não é algo que o homem faz para merecer ou ter direito a ela; salvação é um dom da graça de Deus (Ef 2.8). Contudo, a salavação é manifesta na veraddeira doutrina (2Jo 9). Ninguém precisa crer em predestinação para ser salvo, como não precisa crer na Trindade. Agora, alguém que foi salvo há de crer na Trindade, bem como na Predestinação, pois verdades bíblicas dasa à Igreja, e quem as nega, nega a Deus e, portanto, nunca foi salvo.
ResponderExcluirÉ isso memso. Qualquer um que nega a doutrina bíblica, seja lá no que for, nega a Cristo. Gostei muito do seu texto, Pr. Gildásio.
ResponderExcluirFui ricamente abençoado por esse texto. Que Deus continue abençoando sua vida e ministério. Abraço.
ResponderExcluirÉ uma pena que as pessoas não conheçam a história da igreja (especialmente durante a Reforma). Se lessem Lutero ou Calvino (para não dizer a Bíblia) jamais creriam na heresia católica do "livre-arbítrio". Fantástico seu artigo. Sou estudante de Teologia e vou compartilhar esse material com meus colegas e irmãos na igreja. Jesus o abençoe.
ResponderExcluirCaro irmão,
ResponderExcluirEncontrei seu blog e gostaria de discutir alguns assuntos relacionados à Soteriologia. Para começarmos tenho algumas perguntas que quero lhe fazer em grupos de três se concordar, até finalizar o questionário de 26 questões...?
Seguem:
01. Regeneração antes ou depois que ele crê? [Resposta: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _; Referências: _ _ _ _ _]
02. Regeneração antes de ele se arrepender, ou depois? [Resposta: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _; Referências: _ _ _ _ _]
03. Regeneração antes de seus pecados serem apagados, ou depois? [Resposta: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _; Referências: _ _ _ _ _]
Prezado John, obrigado pelo contato. Espero dar-lhe suas respostas ainda esta semana. Deus o abençoe.
ResponderExcluirCaro Pr. Gildásio, fiquei maravilhado sobre seus argumentos bíblicos postados acima, aproveitando seu espaço, concluo:
ResponderExcluir1) O adepto da teoria do “livre-arbítrio” crê que o homem NÃO é totalmente depravado e que ele possui plena capacidade para ir a Cristo ao usar seu livre-arbítrio, e que Deus aceitará essa pessoa por causa do exercício dessas habilidades. Note: Dizer que o homem NÃO é totalmente depravado significa afirmar que ele possui certa justiça própria digna de merecer algo da parte de Deus.
2) O adepto da teoria do “livre-arbítrio” crê que Deus o escolhe baseado na observação futura do uso do livre-arbítrio — caso o homem escolha crer —, portanto , Deus elege um homem para a salvação sob a condição de que o livre-arbítrio previsto dessa pessoa escolha a Deus. Note: Dizer que a eleição é condicionada de alguma forma pelo homem é promover a salvação pelas obras, que é uma coisa má e autojustificadora.
3) O adepto da teoria do “livre-arbítrio” crê que Cristo morreu universalmente por toda humanidade, sem exceção, e que depende do livre-arbítrio do homem tornar a morte de Cristo eficaz. Note: Dizer que a morte de Cristo NÃO é o diferencial entre céu e inferno é competir com o estabelecimento e a obra da justiça que Cristo obteve mediante sua vida e morte .
4) O adepto da teoria do “livre-arbítrio” crê que o homem pode resistir à vontade de Deus a qualquer hora mediante vontade própria. Note: Dizer que o pecador pode resistir ao chamado eficaz, interno e atrativo do Espírito Santo de Deus — o mesmo poder que levantou Cristo dos mortos — é dizer que o homem possui mais poder que o próprio Deus .
5) O adepto da teoria do “livre-arbítrio” crê ser capaz, mediante seu livre-arbítrio, voltar as costas para Deus e, como resultado disso, perder a salvação. Note: O problema com o adepto da teoria do “livre-arbítrio” é que, antes de tudo, ele não entende como a pessoa é salva, muito menos o tópico da preservação ou perseverança. Ele imagina ser alvo da salvação condicional, orientada por obras do princípio ao fim.
Esses cinco pontos — aos quais o adepto da teoria do “livre-arbítrio” da falsa religião se apega — são mentiras de Satanás, opostas à verdade divina. Deus diz que somos justificados pelo sangue e pela justiça imputada de Jesus Cristo, o Senhor. O falso evangelho parece existir em excesso no mundo hoje. Paulo disse em Gálatas 1:9: “Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”. Se Deus é absolutamente soberano e o autor da salvação eterna, então o livre-arbítrio é um mito. A Palavra de Deus declara dessa forma.
Se o adepto da teoria do “livre-arbítrio” está tão impressionado com seu livre-arbítrio, por que ele não o usa para parar de pecar? Ele não pode fazê-lo, pois não o possui! “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece” (Romanos 9:16). Toda a glória irá para Deus na salvação de uma pessoa ou não haverá salvação. Deus é zeloso de sua glória e não a partilhará com nenhum adepto da teoria do “livre-arbítrio”. JAMAIS!
Grande abraço!!!!